Aguinaldo Silva revela seu vício: “Não consigo dormir sem”

Autor descobriu dependência a pouco tempo

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Aguinaldo Silva
Aguinaldo Silva revela vício.

O autor de novelas Aguinaldo Silva revelou em seu Facebook vício desde criança e que mantém até hoje, com 71 anos.

“Só agora, 71 anos depois, descobri que não é apenas um hábito, mas um vício: esteja eu onde estiver, não consigo dormir sem botar uma rapinha de Vick Vaporub no nariz”, começou Aguinaldo.

Doença para frescos

Segundo o autor, as crianças de sua época melhoravam de coqueluche, doença da qual ele foi acometido, com voo de avião, mas como seus pais não tinha condições para isso, ficou curado com massagens de Vick Vaporub.

“No caso da coqueluche, para crianças frescas e filhas de pais ainda mais frescos o remédio era o suprassumo da frescura: um voo de avião. Lembro que o dr. José Aranha de Moura, o médico da nossa família, que nunca nos cobrou pelas consultas porque sabia que éramos pobríssimos, levou o filho dele, de nome Benjamin, para um desses voos, não nos grandes aviões da época, mas num teco-teco do Aeroclube da nossa cidade…E eu quase morri de tanta inveja. Pois infelizmente meus pais não podiam pagar aquele luxo que era o sobrevoo da cidade de Carpina e a promessa de cura da pertinaz doença infantil. Assim, eu me curei da coqueluche com um remédio bem mais simples– as massagens com Vick Vaporub que minha amorosa mãe, dona Maria do Carmo Ferreira,, me fazia no peito, noite após noite e durante anos”, rememorou.

Vicío em Vick Vaporub

Por fim, ele revela que em todos esses anos, gastou muito dinheiro com o produto e só quando observou que não tinha o suficiente para dormir, entendeu o vício.

“Por que estou escrevendo sobre isso? Porque, desde então, adquiri um hábito que só agora, 71 anos depois, descobri que não é apenas um hábito, mas um vício: esteja eu onde estiver, não consigo dormir sem botar uma rapinha de Vick Vaporub no nariz. Nesses anos todos só deixei de manter esse hábito durante 70 dias, quando estive preso na Ilha das Flores. Pois, se pedisse aos meus carcereiros que, por favor, me conseguissem uma latinha de Vick Vaporub, na certa o que eles me dariam seria uma porrada no nariz. Pois é, vejam vocês como assim caminha a humanidade: uns viciam-se em maconha, outros em cocaína, outros na “mardita” cachaça ou um dos seus múltiplos disfarces. Mas a criatura fresca que eu já fui viciou-se em Vick Vaporub…